segunda-feira, 4 de junho de 2012

Ser alguma coisa...

Hoje acordei incrivelmente sem sabor, lasquei um halls preto na boca esperando que isso me fizesse sentir.

Acendi um cigarro sem gosto do meu mau gosto, talvez, pra me sentir fumante e assim me sentir ser alguma coisa. Sei que esse dessabor é passageiro, e busco o entusiasmo que perdi em algum canto empoeirado aqui de casa, só encontro pó. Entendo muita coisa que se passa, mas, é justamente o que me impaca que me oculta, me reprimi.

Há pouco tempo o sorriso das crianças tinham um efeito sobre mim, simplesmente esquecia dos problemas e de minha preocupações, lembro-me de um tempo que possuía consciência crítica sobre mim mesma e minha vida, hoje só levo em mente preocupações. Preciso de um resgate, pela escrita, pelo sentir-se viva, quero ferro e fogo, brasa e gelo. Preciso de um tempo do tempo. Embarcar em uma viagem sem rumo, entre tempo e espaço, fantasia e realidade. Sinto falta da escrita, do aplauso, do raciocínio coerente.

Das estrelas sob meu céu, guiando-me ao brilhar.

Ao caminho desconhecido que me é tão familiar.

Preciso dos mistérios do Universo que nada mais é o mistério que habita em mim.

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