sexta-feira, 27 de julho de 2012

Autoimagem a sabotagem do eu

Eu sou alma, mas o hábito habita em mim.
 Eu sou cor e monocromáticamente me expresso.
Sou mas, deste ser permito-me ser muito pouco.
Sinto enigmas que brotam sob a pele, respiro tristezas que já não me pertencem.
Saí em busca do que já havia encontrado, convivi com o contexto alheio e o pretexto de fingir ter vivido o que não aconteceu e percebi a minha verdade e que nem todas as pessoas são capazes de conviver com sua própria verdade e encarar a consciência.

A ciência de observar não se compara ao trabalho que é decifrar o sentir. Observei sentimentos, procurei ignorar os julgamentos para que pudesse obter um rascunho válido do que realmente sinto, tentei desviar-me dos tentáculos da ansiedade não me sai muito bem. Percebi que a minha autocensura também me é uma prisão então confrontei-a e abracei cada pensamento.

Não deixei de ser pertubada, mas tenho consciência de que preciso modificar essa minha autoimagem.

terça-feira, 3 de julho de 2012

O Lado sombrio dos buscadores da luz

"Nossa indignação com relação ao comportamento dos outros diz respeito, em geral, a um aspecto não-resolvido de nós mesmos.
Projetamos nossas deficiências nos outros. Dizemos aos outros o que deveríamos estar dizendo a nós mesmos. Quando julgamos os outros, estamos julgando a nós mesmos. Se você se atacar o tempo todo com pensamentos negativos, também atacará as pessoas à sua volta –verbal, emocional ou fisicamente – ou acabará destruindo alguma área de sua própria vida. Oque você faz e o que você diz não são acidentais. Não há acidentes na vida que você criou. No mundo holográfico, tudo é você, e você está sempre falando consigo mesmo.Quando você for xingar alguém por ter feito alguma coisa errada, pare e pense se você chamaria a si mesmo com esse nome. Se estiver sendo honesto, a resposta, invariavelmente, será sim. O mundo é um espelho gigante que sempre reflete as nossas costas. Cada traço está ali por alguma razão, e todos eles são perfeitos à sua maneira.


Não faz muito tempo, percebi que estava perguntando às outras pessoas que conheço com que freqüência elas meditam, e por quanto tempo. Eu as lembrava de como é importante a meditação diária e permanecer pelo menos meia hora por dia voltado para si mesmo. Por fim, eu me perguntei por que estava tão inflexível com relação à meditação dos outros. Quando examinei meus motivos, cheguei à conclusão de que eu costumava falhar com freqüência na minha prática de meditação. Uma parte minha queria passar mais tempo voltada para dentro e em silêncio. Como eu tinha uma criança de 3 anos, eu, de alguma forma, racionalizar a que não haveria problema em deixar de fazer, vez por outra, minha meditação diária. Quando percebi que estava dizendo aos outros aquilo que eu mesma precisava ouvir, fui capaz de recolher minhas projeções e honrar meu desejo inconsciente. Comecei a meditar mais e parei de pressionar os outros para fazer aquilo de que eu estava sentindo necessidade. É por isso Que eu digo: “Preste atenção aos seus próprios sermões”. Ao observar os motivos que me levar ama dizer às pessoas que meditem, reconheço minha própria necessidade.Às vezes, nossa sombra está tão bem escondida de nós mesmos que é quase impossível encontrá-la. Se não fosse pelo fenômeno da projeção, ela poderia ficar escondida por toda a vida. Há um velho ditado que diz: “Basta conhecer um para conhecer todos”. Vemos nos outros tudo aquilo que gostamos e não gostamos em nós mesmos. Se incorporarmos essas partes,seremos capazes de ver os outros como eles são, não como os vemos através do nevoeiro da nossa projeção. Outro provérbio se refere aos três maiores mistérios do mundo, que são o ar para os pássaros, a água para os peixes e o homem para ele mesmo. Somos capazes de ver tudo diante de nós no mundo exterior. Tudo o que temos de fazer é abrir os olhos e olhar ao nosso redor. Como não podemos ver a nós mesmos, precisamos de um espelho para nos enxergar. Você é meu espelho e eu sou o seu."

Trecho do Livro: O LADO SOMBRIO DOS BUSCADORES DA LUZ:DE DEBBIE FORD

domingo, 1 de julho de 2012

Clichê!

Há um certo tempo atrás eu escrevia compulsivamente o que vinha a mente, oque tocava o coração e o que instigava a alma e todos diziam você escreve muito bem deveria participar de algum concurso. Ai engrandeci-me e participei de um bendito concurso, é claro que haviam textos rebuscados e melhores que os meus, mas, um em especial achei extremamente clichê. Como poderia alguém vencer com um clichê, mesmo que bem escrito um clichê é um clichê ora bolas. Deu-se o resultado do concurso e não ganhei, óbvio! Meus textos não se encaixam no padrão ou não despertaram na calejada sensibilidade dos avaliadores o que é que fosse necessário para se tornar vencedor. Então, o fato de não ter ganhado me tornou amarga, mesmo tendo consciência da estupidez destes concursos e comecei a duvidar do brilhantismo da minha escrita, da minha capacidade e de tudo mais.

Tornei-me um clichê ao ser vencida por um clichê e passei a odiar clichês. Hoje quero declarar meu ódio aos clichês e afirmar a volta da minha liberdade quanto autora, fodam-se os padrões, regras e os clichês. Continuarei escrevendo seja o que for, clichês, críticas, textos ácidos para queimar a rebuscada sensibilidade dos literários e gramáticos. Eu me tornarei o grande clichê nos sapatos de todos vocês e então todos aplaudirão a minha ira.

Eu sou a meia do sapato do saramago, o fiapo de carne entre os dentes da Clarice Lispector, a pedra no caminho de Drummond, a vírgula fora do lugar da sua oração subordinada e o temor das rimas internas dos seus versos de amor.

Meu grande foda-se é a minha libertação.