quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Couraça Fria



Couraça Fria,
Reflete a luz do dia.
Inocência inaugura.
Percurso a sepultura.

Verdade que perdura
A imagem toda crua,
A ausência presencia,
A crueldade pura.
Virtude é fantasia,
Mentira é armadura.
Desta couraça fria,
Que não protege a carne nua.

Infância já não é inocência.
A indecência presente sem medo atua.
Analfabeto segue,
O diplomado em não censura.

Mas couraça fria não protege,
Não esquenta, não veste.
Cobre, esconde, escurece.
O que através de palavras leves, inconstantes...
É descoberto; provoca o espanto, a caridade
E a benevolência.
Couraça de nossas crianças,
Que tanto sofrem
Abusadas e frias,
Vítimas de tanta violência.



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Desejo Evaporado

      Em uma noite qualquer, em que a chuva cismava em cair serena; Pintava-se o céu em suas mais tenebrosas cores, que ofuscadas na escuridão iluminavam-se entre relâmpagos espairadas nuvens rubras (Carmim); Traçadas, aquareladas pelo vento.

      Na Janela de um quarto através das grades cinzentas da segurança, observava o céu alguém que pelo brilho dos olhos revelava a paixão inspiradora das tempestades que alimentam, sustentam como fibras seu aquecido coração.

      Não há nada mais purificador que uma boa chuva, nada mais retumbante e emocionante que o canto dos trovões e o som relaxante das águas deslizando artísticamente do céu, para um pouso firme, ao acaso, mesmo assim tão decidido e imensamente delicado.

      Um sorriso ilumina a noite, mãos úmidas e frias fecham as janelas; Um relâmpago clareia o pequeno e vazio quarto onde uma alma acalentada aconchega-se entre os cobertores e rumina uma oração qualquer.

      O dia amanhã estará  claro, repleto com um sol radiante e insuportável, onde  a rotina disperta e encaminha: - Ao trabalho! - da chuva somente a lembrança e poças aleatórias que evaporam vagarosamente contrapondo à velocidade funcional da cidade.

      Abre-se a janela o quarto iluminado já não é tão vazio evapora-se então toda a inspiração, mas permanece o desejo intensificado talvez, de um bom banho de chuva.




sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Discutindo Relação



Mudando alguns conceitos, resolvendo algumas paradas; Modificando o layout;
Fabricando novos Posts para o blog...


TUDO ISSO E MUITO MAIS EM BREVE




Bjundas

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sem mar, sem beira, nem bola.

Ocorreu-me uma daquelas lembranças, que lhe arrancam o folêgo e arremeçam-lhe ao passado.

O sol alto no céu azul esplêndido, não tinha misericórdia dos homens, torrava-lhes a carne, douravam-lhes os cabelos salgados de mar.

Pessoas fartas vestiam roupas de banho minúsculas, eu envergonhado sentindo-me semi-nu, vestia um short de praia com estampas havaianas preso à velcro, marcando minha larga e delineada cintura de tons amadeirados de gente que só toma sol quando vai à praia.

De onde essas pessoas vem? Para onde vão?

Avisto um gordo senhor de sunga vermelha, evidentemente coçavam-lhe os bigodes; Um emanharado de pêlos mistos: brancos, pretos, dourados... Salgados, emplastados de farofa. Podia ainda se ver, se isto vem ao caso, uma uva passa espetada em um dos fios. Agachava-se à beira-mar e lavava-os com água do mar. Seus olhos rijos, duros, de gente que não muda muito de humor, poderia ser o tio da padaria talvez, ou ainda o pai aposentado precocemente por invalidez.

O peitoral peludo, escondia um cardíaco em potencial, não ele não seria uns dos que descrevi. O tio do bigode ajeitou a sunga, que cismava entrar-lhe aos fundilhos, caminhou afundando os calcanhares na areia, balançando suas gelatinosas pernas como se fosse ao todo solto. Chegando ao guarda-sol despendurou uma toalha cinza felpuda, enxugou-se, sentou-se na velha cadeira de praia listrada tipicamente enferrujada nas dobras.

Apalpou sua enorme barriga com as duas mãos, após, jogar a toalha em cima do isopor; Pigarreou, passou uma de suas mãos em sua enrrugada testa removendo o suor, mantendo a outra mão agarrada firmemente ao braço da cadeira, olhou para o sol e lacrimejou, olhou então para seus pés encurvando-se para frente, coçou o queixo soltou uns palavrões e sorriu.

Encostou-se colocando as mãos sobre os braços da cadeira, bocejou ouviu-se a cadeira estalar e adormeceu. De onde veio? Para onde vai?

Arrisquei-me ao mar, pulei algumas ondas; O mar puxava esfomeado arrastando mar adentro pessoas desprovidas da qualidade do nado.

Ondas ameaçavam e cresciam, mergulhei transpassando-as uma a uma por baixo, subi para puxar o abençoado ar da vida, então, veio-me outra inesperada onda, salgou-me os olhos, a boca, os ouvidos, perdi o rumo. Revirei-me uma, duas, três vezes... A terra invadiu-me as narinas, a garganta raspava, as narinas ardiam, os pulmões clamavam por ar, por pouco subi à superficíe.

Nadei rumo à beira, passei a mão ao rosto, tossi, engasguei, expeli na areia o muco salgado, ardiam-me os sentidos, meio tonto voltei para meu lugar na areia aquecida, deparei-me com uma cadeira quebrada, uma multidão curiosa e uma ambulância escandalosa que surgia apressada do desconhecido.

Deitei-me de costas para a areia, olhei para o céu e percebi que algumas nuvens valsavam ao som do caos, respirei fundo, veio-me à mente: De onde veio? Para onde vai?

Vinte minutos voaram, sumiram: guarda-sol, cadeira quebrada, toalha, isopor, sacolas, crianças, senhoras barulhentas, homens com cervejas na mão e senhor com uva passa no bigode.

Passaram-se mais cinco minutos, chega gente diferente, consigo ouvir os tons das vozes distantes, estridentes e mistas, ditraio-me com um avião a passar. Minha garganta seca, minhas costas queimam, periodicamente a claridade me cega.

Chutam uma bola embalada de força, acertam-me as partes sensíveis. O silêncio reina, a dor me faz encurvar, uma moça avermelhada me toca as costas não ouço suas palavras de preocupação:

- Você está bem moço? Desculpe-me, foi sem querer. - Balanço a cabeça afirmativamente, dou um sinal de ok e ela afasta-se.

Procuro minha camisa, calço meus chinelos e vou-me embora. Meio tonto arrisco olhar para trás e dar um sorriso, percebo que todos me olham. Viro-me, continuo a andar pensando em coisas sem sentido.

Deparo-me com uma barraca, morto de sede, continuo meu caminho até o quisque de um conhecido meu, aproveito e bebo uma água gelada, pego o resto de minhas coisas e continuo rumo ao carro. Sento-me no banco da frente, reencosto minha cabeça, respiro fundo, fecho os olhos e recordo-me do caos.

Já ouvi e vi o bastante, essa coisa de praia, sol e mar é mais uma bobagem americanizada.

Está decidido vou-me embora para casa; 600km rumo ao interior paulista, aonde uns devoram os outros, onde um boato repercurte a cidade inteira, aonde o tio do bigode seria eternamente lembrado e o lugar de sua morte mistificado, sem mar, sem beira, nem bola.

Apenas a paz do interior contrastada com o caos dos homens. Sem sal, sem uva passa, nem cadeira quebrada, onde minha rede aguarda-me e o meu cão repousa.

domingo, 20 de setembro de 2009

Meu Jeito ao Tempo Pertence

Completamente alérgica, asmática, chiam meus brônquios, sem parar. Meu pensamento distrai meu corpo novamente a ponto de ignorar a sensação física pertubadora.

Rogo a Deus sua presença, do meu jeito, esse jeito que tem sido rigorosamente cumprido minha vida toda. Não aprendi nada, as coisas não são do meu jeito, mas eu não poderia ser mais teimosa ou autêntica se as coisas não fossem do meu jeito.

Minhas visões fundem-se, passado e presente discordam entre seus pontos de vista e ainda assim são meus, ou foram.

Diante da complexidade temporal do momento e das formas que encaramos esses momentos, posso dizer que até hoje, até a minha mais recente ação nada me pertence e nada foi do meu jeito.

A essência é uma matéria mórfica meus vários não-eus que vagam na linha temporal da vida. Ainda teimo em fazer as coisas do meu jeito é o único jeito que ninguém pode modificar a não ser eu mesma e o tempo.

Meu jeito ao tempo pertence.

O jeito do tempo governa a vida. Mas minha teimosia predomina por mais vã que pareça.
Desconcentrada, nervosa, pertubada; A vontade da solidão me consome exigindo cada vez mais de mim. "O eu e o nada do meu jeito". As pessoas me parecem tediosas, insuficientes para o meu insuficiente e insignificante ego. A imperfeição da solidão me pertence. Eu me pertenço por ser imperfeita, e até isso o tempo poderá me tirar.

Diante da vulnerabilidade e incerteza de ser do meu jeito, talvez, o jeito que Deus criou, ou que o irônico Universo precipitou-se como a uma piada que ninguém ri em minha criação.

Diz isso o meu ser que a um pouco tempo atrás, poderia ter certeza de tudo, que tudo tinha que ser como é, que havia uma razão que nocautiava o acaso para sua não existência.

Eu era feliz, fazia minhas escolhas e abraçava as consequências como se fosse vontade divina, ou como se ainda tivesse conhecimento sobre algum mistério da vida.

Eu era feliz, eu era saudável, comunicativa, saideira, divertida e vivia as mais diversas experiências analisando cada situação e pessoa com o intuito ingênuo de ajudar. Como se o Universo cooperasse e eu fosse um discípulo de algo maior como Deus, propagando a justiça, a bondade, e o que é certo, mesmo que eu caminhasse por vales escuros, tentadores, luxuosos, atrativos mas ainda assim escuros, de repente eu estava a combater o mal como uma missionária ou algo assim. Conheci a malicía do mundo, logo, os fogos de artifício cessaram, então pude entender alguns pensadores: suas dores e o meu caminho do tédio ao fantástico transformou-se no inferno e quase tudo em que eu acreditava foi morto, foi inflamado numa ferida fétida chamada privação e censura, com uma ponta de ilusão.

Pude aprender sobre minhas obscessões e inocência, futilidade amada por mim ao extremo agora morta pela sociedade.

Transformei-se em mim novamente e todas as coisas que jurei ter sentido e cravei no peito que teriam sentido pelo contexto e fluxo de pensamento do momento.
Agora só têm sentido no passado a qual pertence, e essa certeza não mais me acalma.

Privação e censura agora sou sua serva, por amor a família por falta de amor a mim própria, do meu jeito, afundo, afundo....

E penso, todo homem é movido por paixões, quais paixões batem no meu peito? O meu amor a humanidade desfalece e aos poucos desfaleço, junto ao meu complexo de inferioridade.

Estou triste, mas não o suficiente, desapontada e inerme.

Inerme alma minha, presa a esse corpo que apodrece, aos dentes e ouvidos, mal puxo o ar frio pelos pulmões. Continuo a Dramática e teimosa pessoa que tem que se levantar cedo para trabalhar, procurando algum sentido para ir trabalhar se ainda tem amor suficiente para prosseguir. Os homens ferem a cada esquina a cada calçada. E eu já não tenho mais o coração e a pureza que costumava ter. Mas também não tenho o necessário para viver no piloto automático, nesse mundo frio, sem sentido em que vivo. Temo que o Amor já não seja o suficiente.

Não que eu seja diferente das outras pessoas que conseguem viver em piloto automático, mas sou mais imperfeita que elas a ponto de não conseguir viver como elas.

Não sei mais quanto tempo devo aguentar, ninguém deve se sentir culpado por isso.

Simplesmente não há motivação, e nada pode mudar o meu jeito e a não motivação dos homens em mudar isso.

Como se tivesse uma agulha em um palheiro eu fosse mais um pouco de palha. E a agulha se quer existe, quem dirá a palha. Vivemos nesse celeiro chamado vida, que pertence a Deus e que As Forças do Universo podem incendiar a qualquer momento.

As vezes eu sinto coisas que não deveria sentir e que são intensificadas. Tenho certas ligações a pessoas que não sei explicar o porque, pessoas más, pessoas perdidas, por isso más.

Não entendo a minha relação com elas, não entendo porque atraio certo tipo de pessoas, eu não entendo muita coisa.

Tenho uma parcela de esperança, mas também tenho dores no peito e dores na alma e já não sei mais qual tem mais força. Apenas doem os meus pulmões. Meus gritos por ajuda, mudos, permaneceram ignorados. Tudo oque é dito em voz alta torna-se inaudível como sempre, meu peito atordoado sofre. Invisível a mim mesma. As coisas já não são do meu jeito por que do meu jeito nunca existiu e já não existe mais.

Sou só um câncer que se alastra em um organismo, mais uma bala que perfura a carne, uma lágrima que rola de um rosto. Invisível a mim mesma e talvez para Deus e as Forças do universo. Tinha, tenho esperanças que alguém me visse e ouvisse, talvez seja isso que me mova.

Tenho que preparar alguns sorrisos para amanhã, acordar de madrugada e respirar forçado. Talvez a serenidade das crianças me tragam melhoras, mas temo os demônios dos Anciões.

Os demônios me prendem em meu cubículo e eu já não sou mais feliz.



terça-feira, 4 de agosto de 2009

Simplesmente Estranha

Aparento "simpaticamente descolada", com todos os meus amigos, risadas e porres.Mas sou mediocremente metamórfica oscilando permanentemente entre a luz e a escuridão;Hábitos Questionáveis, mas fortes ideais e amor a minha profissão, simplesmente amo o que faço e amo ao extremo minha família.

Porém, não suporto as pessoas grudentas, preciso ser livre e respirar folgado. Minhas alergias expressam todas as minhas tormentas, meus pulmões doem conforme o passar da vida.

Escrevo por sina.

Tenho diversos grupos de amigos, totalmente opostos: punks, manos, cultos e incultos, depressivos, sanguessugas, falsos, etc. Não me prendo a nenhum grupo, mas procuro o melhor lado das pessoas as quais eles pertencem. Justamente porque esse negócio de grupo (tipos pré-fabricados) ser ridículo. Nao deixaria de conhecer alguém só por que esse alguém é diferente de mim.

É lógico que os loucos me atraem ( e eu atraio os loucos), pois os certinhos não têm graça. Independente de grupos, as pessoas que caminham comigo por longa data são essas as quais amo. Posso escrever coisas profundas e agir como uma perfeita idiota só porque sou assim, não menos que você mas com possibilidades tremendas de ser melhor que você. Simplesmente estranha.

Me afasto das pessoas, sou de lua e me aproximo das pessoas. Simples assim.
Não quero que ninguém entenda isso em mim.

Simplesmente estranha.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Noite

"Orvalho sob estrelas
Mente fatigada
seus verdes são refúgio
de minha ante aurora alma
Sorriso sobre os lábios
certeza em sentimentos
Me encontro aos verdes olhos
Metamorfose do espiríto
Amanhece minha alma
espreguiçada abre as asas
... do Amor."

quarta-feira, 6 de maio de 2009

1ª Carta não entregue para um amigo

Escrevi em algum caderno.

Perdi ou rasguei não lembro...

Desapareceu!

=/

2ª Carta não entregue para um amigo

CARTA/BILHETE

Não sabia como começar, rabisquei então no rascunho, seis possíveis começos.
Entre ele o básico: " Oi, como vai você?"; "Estou com saudade"; e ainda o mais nada a ver: "Peixes dormem? Descobri que sim!".

Ah! Não me leve a mal, acredito que não somos fãs de telefone.
Pois é, como começar uma carta/bilhete ou seja lá oque for, quando há tanta coisa a ser dita.

Você é o cara tagarela que sentava ao meu lado no ônibus certo? E eu a garota mais tagarela aidna, um pouco excêntrica talvez.
Por isso eu não quero que essa carta/bilhete seja comum, comedida com uma censurada coerência.

Afinal, você é uma das únicas pessoas, as quais posso ser eu mesma. Isso se você não for a única. (Risos)
Sabes, a sociedade é uma selva; tipos, grupos, manadas e esse tipo de coisa. E eu tento me adaptar, entre piadas fúteis, risadas dispersas, cerveja entre "amigas", depressões momentâneas.

Mas, não vamos falar de mim, embora talvez seja interessante refletir como estou fora do contexto, gostaria de ser sempre a mesma pessoa que sou quando estou com você.

Aprendi que você pode mudar quem você é, mas nunca o que você é.
(Li essa frase e gostei!hehehe)
Você, sabe a falta que faz, não sabe?
Acho que me conhece o suficiente para saber que não sou muito sentimental.
Mas, quero que saibas que és uma constante em meu coração.
(Deixando de lado agora: o tempo, a distância e as circunstâncias.)

Isso está muito clichê, não está? (risos)

Puts! Sabia que tem um chato que disse que ia me visitar e nunca apareceu?
Pois é, ossos do ofício!
Acho que fiquei muito chata mesmo, ele nem liga pra mim. Com certeza o meu papo deve entediá-lo.
Se encontrar esse cara, diz pra ele dar um sinal de vida, um bilhete do tipo: " Estou vivo, vê se não enche!".

Eu mandaria um bilhete desses, se eu não fosse uma escritora compulsiva.

Ah! Me salve das máscaras da sociedade! Ás vezes me sinto a pior pessoa do mundo, porque você não segue meu exemplo e escreve uma carta/bilhete reclamando da vida? Não esqueça de todos os detalhes das crises existênciais. Ou mande apenas o bilhete do "estou vivo!".

Tanto faz, nem faço questão nem sou sentimental mesmo.
(se você fizer isso te mato)

Pois é, estou presa na rotina, trabalho, casa, estágio, estudo. Fins de Semana em casa.

Nem dirigir posso porque estou sem carta!
Renovei e a nova ainda não chegou.

Estou numa fase antisocial (interna)
Isso existe?
Pois, tenho que ser bem sociável com as outras pessoas.
Viva a minha superficialidade!
Ás vezes eu fico viajando no pessimismo, Alone in the dark. Fazer o que? Sou uma inconstante constante, cheia de altos e baixos.
"Sou só uma garota ferrada vivendo nesse mundo" ( isso é de um filme não é?)
Mas estou bem, vivendo um dia após o outro.
- Vamos ver um filme?
Vou encerrar minha carta/bilhete por aqui. Qual é o melhor final? "Estou viva! não enche!"
Ou: Entre os mistérios do Universo, da Mente ou da Vida, nossas únicas certezas são a morte e os impostos! hehehe
A vida pode virar-nos de ponta cabeça ou arrancar nossas cabeças literalmente, matar nossos sonhos, dispersar nossas esperanças, podemos nos tornar pessoas totalmente diferentes!
Mas quer saber? Eu sinto falta daquele cara tagarela e daquela menina estranha que ficavam papeando no ônibus.

Rumo ao desconhecido, talvez....

Te adoro um tanto mais que muito.



A.R.

3ª Carta não entregue para um amigo

Sabes porque não lhe entreguei nenhuma carta das cartas que escrevi?
Elas tornaram-se extremamente literárias;
Ora o saudoso romantismo dos românticos, a pertubada obcessão pelo melancólico, triste, lírico;
O Eu profundo.

Ora completamente realista com um pé no modernismo. ( Neo- Romantismo)

Eu não sei porque preciso de tantas escolas literárias para escrever a um amigo.
Tão pouco sei, do porque da minha diversidade social.
Eis o conflito eterno.

O Médico e o Monstro.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

49

Sem sentido...

Sem comemoração, nem nada.


Sequer foi lembrado...

9 anos de não existência;

Para aqueles que o cultuam como o santo: 9 anos refletidos nas mentiras e ilusões.

Mas minha parte existe...

isso eles nunca terão.



49 se o fosse... o seria ainda tachado por vagabundo.

nem esses noves anos mais ou menos me tornaram menos critica.
9 anos no "mundo deles"...

Resgatando as lembranças... dos falsos testemunhos e alterações.
Se ele não gostava, ele dizia na cara.
Não lembram deste fato paranormal?

Agora o fato é paranormal...

Ainda acho muito, por quem era "vagabundo".

São incrivéis os lucros de noves anos. (sustentados pelos 40 e pelo o fim dele)

Você diz preciso de você.

Não, não precisas mesmo.

Não precisou esses 9 anos perguntar se eu precisava de algo;

Você quer o ele que há em mim.

Dele em mim pra você há muito pouco.

Acredite, levei 9 anos reconstruindo os meus 49.

será que eu passo dos quarenta?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Imutável

Inesgotável tempo inevitável

De pensar em você.

Lembranças e olhares,

Sentenças aos milhares

Orgulho e sorrisos

Incapazes

De alterar o sentimento.

Sangue e certezas

Mentiras sempre belas,

Ruas desertas

Noites intermináveis

Confusões e rolos

Amizade existe?

O que se opõe

Agora a minha felicidade?

Minha mente flui

Aproveito

A palavra

Me sustenta o momento

Sempre ao vento

O vento vai

O sentimento

Não saii

Vá embora agora

Outra vez

E reaparece

Outra vez

E me esquece

De vez

Coração por que nos aproxima

Não é capaz

De nos deixar viver?

O amor é sina

E sofrer

Também

sábado, 18 de abril de 2009

Cerébro em Conserva

Quando tudo não tem mais volta, só nós resta a esperança.
Quando os sonhos foram roubados, assustando uma criança.
Espero um pouco de paz, para meu coração refolgado minha mente não mais me satisfaz.
Meu cérebro jogado num vidro qualquer.
Quando se deixa perder tudo o que se tem.
Quando você não tem, o que perder.

SEMPRE HÁ O QUE PERDER.


Minhas memórias me deixaram ausente, das lembranças que possui, meu sorriso só demonstra aparência a decadência dos meus dentes estão bem ali.



sábado, 21 de fevereiro de 2009

Conselho dado à uma amiga via orkut

Não seja isso ou aquilo...
apenas seja oq vc é...
Esse negócio de eu tenho quer ser assim ou assado... não dá certo!
Tem sonhos? Ama? corra atrás de seus objetivos.... na vida tudo é passageiro... nada volta atrás....
Sinta tudo com o peso da alma e com a intensidade do coração... deixe a razão para os realistas... [;)]
Impregne-se do romantismo da noite, do luar, dos românticos onde a clareza do sol da realidade não nos cega a ponto de não ver mais a beleza...
Digo ainda... melhor ser um romântico seduzido pelo mistério do luar... do que um realista cego pela luzes da verdade....
O Segredo é saber aproveitar a belza do amanhecer e do entardecer... é onde o real e o imaginário é possivel... onde a razão e a emoção deleitam-se...
por isso amiga apenas seja deixe o resto para os poetas ! 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Semente Ácida

O que me diz desta nevasta nuvem ácida?
Que bloqueia a minha alma,
Faz turvar as luzes dos meus sentidos...
Destroi minha imagem apresentável.

Sou Teoria e somente.

Puxe um lápis e plante uma locução de semente,
Sou versátil na medida do caminho,
Por isso me condene ao sol da ingenuidade,
perante a translúcida insensatez.

Eu vivo, eu vibro, eu tento seguir...
Me leve para perto de algo que vale a pena lutar.
Semente, protegida por um guardião:
Demônio, gente ou anjo...

... eis ausente Inspiração!