segunda-feira, 4 de junho de 2012

Flor de Lótus e Bayron


    Flor de lótus amava Bayron, amava tanto que doía. Tudo era tão distante e frio. Ele na vida dele e ela na vida dela. Nunca se viam, mas Flor de lótus não esquecia. Bayron estava muito ocupado vivendo a vida dele, mas quando ela o visitava ele sorria.

    Bayron nunca foi amado, ou pensava que nunca tinha sido, estava ocupado demais vivendo e fugindo de si mesmo. Flór de lótus arranjou-se na vida, mas tudo era tão difícil, se perguntava inconstantemente e se tivesse Bayron como teria sido?

    O dia-a-dia, as falsas premissas de amores... Nada era profundo, mas Bayron era enigmático não era igual a todo mundo. Flor de lótus queria independência queria estar livre de todo o fardo, queria viver sua própria vida, queria desabrochar em seu próprio vaso. Mas essa flor nunca se abriu está amarrada com o que esperam dela, com o que ela deve ser e fazer, pois é isso a coisa mais certa a fazer. Talvez, fiquem juntos numa realidade alternativa onde Flor de lótus possa ser bela e exibir-se e onde Byron possa se sentir completo. Mas agora cabe ao destino separá-los e a vida endurece-los. A modernidade formará cidadãos de coração de pedra amarrados em suas rotinas e deveres, onde os sonhos são o combustível utópico que os move, nunca serão realizados, mas, são necessários para manter o sistema.

O Sistema os consome.
Ana Raquel 


Nenhum comentário: