Flor de lótus amava Bayron, amava tanto que doía. Tudo era
tão distante e frio. Ele na vida dele e ela na vida dela. Nunca se viam, mas
Flor de lótus não esquecia. Bayron estava muito ocupado vivendo a vida dele,
mas quando ela o visitava ele sorria.
Bayron nunca foi amado, ou pensava que nunca tinha sido,
estava ocupado demais vivendo e fugindo de si mesmo. Flór de lótus arranjou-se
na vida, mas tudo era tão difícil, se perguntava inconstantemente e se tivesse
Bayron como teria sido?
O dia-a-dia, as falsas premissas de amores... Nada era
profundo, mas Bayron era enigmático não era igual a todo mundo. Flor de lótus
queria independência queria estar livre de todo o fardo, queria viver sua
própria vida, queria desabrochar em seu próprio vaso. Mas essa flor nunca se
abriu está amarrada com o que esperam dela, com o que ela deve ser e fazer,
pois é isso a coisa mais certa a fazer. Talvez, fiquem juntos numa realidade
alternativa onde Flor de lótus possa ser bela e exibir-se e onde Byron possa se
sentir completo. Mas agora cabe ao destino separá-los e a vida endurece-los. A
modernidade formará cidadãos de coração de pedra amarrados em suas rotinas e
deveres, onde os sonhos são o combustível utópico que os move, nunca serão
realizados, mas, são necessários para manter o sistema.
O Sistema os consome.
Ana Raquel
Nenhum comentário:
Postar um comentário