quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Couraça Fria



Couraça Fria,
Reflete a luz do dia.
Inocência inaugura.
Percurso a sepultura.

Verdade que perdura
A imagem toda crua,
A ausência presencia,
A crueldade pura.
Virtude é fantasia,
Mentira é armadura.
Desta couraça fria,
Que não protege a carne nua.

Infância já não é inocência.
A indecência presente sem medo atua.
Analfabeto segue,
O diplomado em não censura.

Mas couraça fria não protege,
Não esquenta, não veste.
Cobre, esconde, escurece.
O que através de palavras leves, inconstantes...
É descoberto; provoca o espanto, a caridade
E a benevolência.
Couraça de nossas crianças,
Que tanto sofrem
Abusadas e frias,
Vítimas de tanta violência.